sábado, 8 de setembro de 2012

RELÓGIOS – UMA PAIXÃO


Entre os objetos que mais gosto estão os relógios (canetas também me atraem e noutra hora escrevo sobre elas) e me chamou atenção quando lia, na VEJA dessa semana, notícia que falava de investigação feita sobre o Presidente Russo Vladimir Putin e alguns desmandos e (suposto) enriquecimento ilícito dele. Segundo a reportagem, a investigação foi feita por políticos da oposição que perceberam como Putin trocava de “relógios de luxo”, como quem troca de meia. Na Rússia, diz a reportagem, o relógio é um dos maiores símbolos de status masculino, herança dos tempos soviéticos, quando esse acessório era o único que podia ser ostentado pela elite. A reportagem é ilustrada com um dos seus relógios, o TOURBOGRAPH “POUR LE MERITÉ”, da marca alemã A.Lange & Sohne que custa meio milhão de dólares !! Claro que fiquei chocado, pois meio milhão de dólares, é mesmo muito dinheiro e daí surgiu a idéia desse post, pesquisando os relógios mais caros, pois achei que com esse preço, certamente seria um deles. Veja a foto:



Mas, minha pesquisa mostrou que eu estava enganado, pois ele não aparece na lista. Vamos lá.

Existem várias marcas famosas e conhecidas do “grande público” e que são associadas à luxo e muito dinheiro: Rolex, Cartier, Omega, Baume & Mercier, Breitling… mas existem modelos que somente os muito apaixonados (e muito ricos) podem se dar ao luxo de possuir.

Patek Philippe Sky Moon Tourbillon

A fabricante suíça é uma das mais poderosas no mundo dos relógios (não é a toa que figura três vezes nessa lista), fundada em 1851. O modelo Sky Moon se difere dos demais porque é feito manualmente com 688 peças, sendo que algumas delas são tão pequenas que só podem ser vistas com microscópios. O relógio ainda possui duas faces: uma “normal” e outra com um mapa sideral, que traça estrelas e a fase lunar. Somente duas peças são produzidas ao ano, uma em platina e a outra em ouro.
Preço: US$ 1.3 milhão (R$ 2.265 milhões)
O que você pode comprar: Uma Ferrari 612 Scaglietti ou uma cobertura de 400 m² nos Jardins, região nobre de São Paulo.

Vacheron Constantin Tour de l’Ile
Considerado o relógio mais complicado já produzido, o modelo da suíça Vacheron Constantin demorou mais de 10.000 horas para ser construído (um ano tem 8.760 horas). O Tour de I’lIe é composto de 834 partes e possui dois lados (um para cada zona horária), um indicador astronômico de estrelas e um calendário eterno. Até hoje só foram produzidas sete unidades.
Preço: US$ 1.5 milhão (R$ 2.614 milhões)
O que você pode comprar: Ferrari F599 GTB Fiorano ou uma casa de 300 m² em Munique, Alemanha.

Patek Philippe’s Platinum World Time

Produzido na virada do milênio, foi vendido em um leilão em 2002 pela bagatela de 4 milhões de dólares, por acreditar-se que somente um tinha sido produzido. 10 anos depois, continua sendo o relógio de pulso mais caro do mundo. Por quê? O Platinum World Time mostra 24 zonas horárias diferentes, é muito fácil de se ler e ainda é possível distinguir os números dia e noite (não, ele não tem “luzinha”). Dizem ainda que ele é o relógio mais confortável do mundo.
Preço: US$ 4 milhões (R$6.971 milhões)
O que você pode comprar: Lancha italiana Ferretti de 76 pés ou um apartamento de 300 m² em Paris, França.

Patek Philippe’s Supercomplication

Sim, a Patek Phillipe não se cansa de produzir os relógios mais caros do mundo. Esse modelo, porém, atingiu um alto preço devido a brigas travadas em leilões pelo banqueiro nova iorquino Henry Graves e o engenheiro automotivo James Packard. O relógio de bolso demorou quatro anos para ser feito e foi finalizado ainda em 1932. O relógio é feito de ouro 18 quilates e possui 24 funções diferentes, que no mundo dos relógios são chamadas de “complicações – daí o seu nome.
Em 1999 a briga terminou em um leilão na famosa Sotheby’s, com vitória de Graves.
De fato, os 10 relógios de pulso mais caros do mundo são da Patek Philipe. Mas não se desespere, existem relógios da marca que estão disponíveis pela bagatela de 20.000 dólares. Entre os adoradores da marca estão Michael Douglas, John Mayer, Nicholas Cage e  Príncipe Charles.
Preço: US$ 11 milhões (R$19.252 milhões)
O que você pode comprar: um avião executivo Learjet 45 ou um iate de 132 pés ou uma mansão produtora de vinhos de 190.000m² na região da Toscana, Itália.

201-carat Chopard

Sim. Isso é o relógio mais caro do mundo. Produzido pela suíça Chopard, o relógio-bracelete é feito com 201 diamantes de tipos diferentes. As três gemas principais que circundam o mostrador são diamantes em formato de coração, um azul, um rosa e um branco.
O resultado disso tudo é algo que parece uma pedra bruta retirada diretamente de uma mina muito próspera. Adicione um mostrador que faria inveja em um jogo de “Onde está o Wally?” e um diâmetro muito pequeno e você verá que a Chopard claramente criou uma receita de sucesso.
Pelo menos a etiqueta de 25 milhões de dólares irá garantir o posto de relógio mais caro do mundo por um bom tempo.
Preço: US$ 25 milhões (R$ 43.755 milhões)
O que você pode comprar: Um iate de 142 pés (que vem com um carro esportivo italiano à sua escolha), um jato particular Gulfstream G550 (o mesmo do Eike Batista e do Roberto Irineu Marinho) ou uma mansão de 520m² na cidade mais cara do mundo, Mônaco, em Monte Carlo.

Pois é, como se vê, quando achamos que os Rolex e Breitling “brilham aos olhos”, é porque não conhecemos as “verdadeiras jóias”. Para quem gosta, é pena que isso esteja tão longe, pois com esses valores, certamente a lista de clientes-alvo não deve ter mais que uma dezena, no máximo, centena de nomes.



EBOOKS – CADA MAIS OS VEJO COMO UM GRANDE NEGÓCIO


Sim, um grande negócio para quem os faz e para quem os consome.

Meu assunto de hoje, de novo, é eBook e o tanto que esse produto, bem trabalhado como a Amazon (www.amazon.com) faz, me envolve e me encanta tanto. Já escrevi o quanto aumentei meu hábito de leitura depois que adotei o meio digital dos eBooks como minha primeira opção de formato, certo ? Mas quero explorar mais que isso.

Tem um conceito defendido pela Amazon, que eu adoro: a rapidez de distribuição do conteúdo que o formato eBook permite. Por esse conceito, entre o leitor decidir comprar e estar com o produto na mão, lendo, não deve passar mais que 30 segundos.

Parece incrível, mas é assim mesmo que a Amazon opera. Não vou nem falar do Kindle (eReader da própria Amazon) que é ultra amigável para compra dos eBooks, mas o app que roda no iPad, funciona tão bem quanto. Ao identificar o livro desejado, basta 1 clique e na próxima sincronização do aparelho, lá está seu livro, pronto para ser lido. Se tiver a conexão funcionando, de fato não demora mesmo nem esses 30 segundos. Isso catapulta a potencialidade de venda, claro (venda por impulso); além de deixar o cliente mais feliz e fidelizado.

Essa semana testei outro serviço deles: a pré-compra.

O livro dessa vez foi o No Easy Day: The Firsthand Account of the Mission That Killed Osama Bin Laden (Não Há Dia Fácil: Um líder da Tropa de Elite Americana Conta Como Mataram Osama Bin Laden) que causou uma grande polêmica nos Estados Unidos. Como o título sugere, foi escrito por um dos integrantes do grupo de operações especiais da Marinha dos Estados Unidos (NAVY SEALS), que no ano passado matou Osama Bin Laden e estava previsto para ser lançado na terça-feira (11/setembro), mas com a enorme discussão sobre o assunto, a editora Penguim ficou com medo de alguma medida que impedisse o lançamento e antecipou para dia 4.

A confusão se deu pois alguns consideram que o conteúdo do livro poderia colocar em risco a segurança do país.O autor quis manter anonimato, assinando com o pseudônimo Mark Owen. Mas só conseguiu isso por pouco mais de 24hs. A cadeia Fox o identificou como Matt Bissonnette, de 36 anos e membro do comando de operações especiais NAVY SEALS que participou da operação na cidade paquistanesa de Abbottabad.  Ele tinha a patente de chefe, no Grupo 6 e foi o primeiro a entrar no quarto onde Osama estava. Ele também esteve à frente do grupo que libertou o capitão  Richard Phillips que era mantido sequestrado por piratas Somalis, no Oceano Indico em 2009. A obra foi publicada sem autorização das Forças Armadas, e seu autor foi ameaçado com um processo judicial pelo governo dos EUA, por violação de segredos militares. Vamos ver como essa história vai acabar.

Quando vi o anúncio do livro na Amazon, dizendo que sairia dia 11, tratei de testar a pré-compra e qual não foi minha surpresa que, sem grandes alardes, quando acordei no dia 4, com a antecipação que houve, lá estava o livro. Fiquei animado e gostei desse serviço. Como muitas coisas feitas pela Amazon, para o cliente, continua sendo ultra confiável.

A polêmica rendeu frutos. Segundo a agência de notícias Reuters, No Easy Day, ultrapassou a trilogia de romance erótico Fifty shades of Grey (50 tons de cinza) no ranking dos mais vendidos do site da Amazon.

Aproveito para também comentar que quase acabei de ler mais uma obra de Daniel Silva, o autor Português radicado nos Estados Unidos e com enorme sucesso de venda de sua séria que tem Gabriel Allon, agente secreto Israelense “aposentado” como personagem principal.

Já falei dele aqui no Blog no post http://blogdobrands.blogspot.com.br/2011/03/dica-literaria-otimo-livro-de.html sobre outro livro que li (e adorei). Esse livro é justamente o próximo da série. Depois de sobreviver ao ataque descrito no livro anterior, Allon se encontra restaurando uma obra de Caravaggio dentro da Santa Sé, a pedido de seu amigo e todo-poderoso secretario particular do Papa, Monsenhor Luigi Donati, quando uma bela moça, aparece morta bem debaixo do domo da Basílica de São Pedro. Imediatamente a policia do Vaticano suspeita de suicídio, mas com sua experiência, Allon vê que não se trata disso. Com medo de um escândalo, Monsenhor Donati convence Allon a fazer sua própria investigação. A estória avança por um universo de escavações arqueológicas, antiguidades e retrata como a máfia age junto dos ladrões de tumbas (os tomb raiders). São tesouros que desaparecem e são comercializados no sub-mundo, gerando milhões de dólares para o crime organizado. A investigação leva Allon a quase ser assassinado em Roma e depois na Suíça. Com passagens que também incluem Israel e Alemanha, o livro é bem emocionante e mistura de forma bem inteligente ficção e realidade. O constante medo de ataque dos Iranianos à Israel, os braços de terror do Hezbollah, as agencias secretas mais famosas do mundo, tudo recheia essa obra eletrizante.

Depois de ler a primeira, sempre dá aquela vontade de “quero mais”.

Finalmente, vale a pena comentar dentro desse espectro de eBooks que Jeff Bezos anunciou no final do mês passado que o Kindle fire está esgotado. O CEO tem motivos de sobra para comemorar: em 9 meses de venda, o Kindle Fire vendeu 6 milhões de unidades, estima o site Publishers Weekly e, segundo a Amazon, conquistou 22% de vendas de tablets nos EUA.  Bezos chama 2012 de o “grande ano dos produtos digitais” afinal, conta ele, 10 dos 10 produtos mais vendidos na loja, entre aparelhos e conteúdo, são relacionados ao Kindle. A expectativa do mercado fica agora por conta do lançamento do novo modelo do Kindle Fire.