sexta-feira, 31 de agosto de 2012

EXCELENTE AÇÃO DE MARKETING - SPOLETO


Meu assunto de hoje é MARKETING e a enorme “virada de mesa”  que a rede de fast food SPOLETO (http://www.spoleto.com.br/) deu nesses últimos dias.

Quem nunca foi comer á e ficou meio constrangido pela forma de ser atendido ? Todos, né ?

O treinamento deles visa agilidade num formato de preparo dos pratos que dá muitas opções e deixa qualquer um meio tonto. Seus atendentes-cozinheiros, na ânsia de agilizar, pressionam o cliente de uma maneira que eu, particularmente, não gosto. Mas acho uma boa opção para comer de vez em quando  e sigo indo lá.

De outro lado tem a turma do Kibeloco (http://kibeloco.com.br/), um site de humor bastante conhecido e que teve grande sucesso recente com as imitações da Presidente Dilma. Esses vídeos eram tão divertidos que acabaram chamando atenção da equipe de programas da TV Globo e foram incorporados aos artistas da emissora. Nem sei bem em qual programa estão, mas acho que é na versão atual do Casseta e Planeta. Pois bem, com essa “perda”, o Kibeloco criou um novo quadro chamado PORTA DOS FUNDOS, com o humorista Fabio Porchat à frente. Os vídeos são legais (o do Batman é muito bom, assim como o da Ku Klux Klan, lançado recentemente). Mas certamente o que mais me fez dar risada, foi justamente o que mostrava uma cliente tentando almoçar “numa lanchonete de macarrão”. Claro que eles tomaram cuidado para não falar diretamente do Spoleto, mas nem precisava. A sátira é hilária e representa mesmo a forma de agir do atendente da rede. Veja o vídeo:


Originariamente esse video estava no ar com o nome FAST FOOD.

Pois bem, o que aconteceu ?

De um lado, aconteceu de o vídeo ter mais de 750.000 visualizações no YouTbe (foi colocado no ar em 13/agosto). De outro lado, a rede, ao identificar o assunto, tomou um caminho bem diferente do esperado pela maioria das pessoas. Ao invés de acionar advogados, entrar com mandatos, pedir para tirar o vídeo do ar, etc (como alguns artistas e empresas fazem nesse tipo de situação), foi pelo caminho inverso. Procurou o pessoal do site e os contratou !

Literalmente fez do “limão uma limonada”, numa ação de marketing bem interessante.

Pediu para que assumissem que o vídeo se chame Spoleto mesmo (por isso incluiram o nome logo no frame inicial) e encomendaram uma continuação: Spoleto-Parte II. Assumiram a crítica e encomendaram essa continuação (também hilária) e estão aproveitando da popularidade da ação viral. Com bem menos tempo no ar (entrou dia 29/agosto !), o “parte II” já teve 400.000 visualizações e o assunto foi manchete de vários veículos de comunicação :

Exame: “Criticado, Spoleto lança resposta bem humorada em vídeo”
Meio & Mensagem: “Spoleto tira proveito de viral irônico”
Terra: “Rede de fast-food responde paródia na mesma moeda e vira jogo”
Época: “Spoleto inova e transforma piada em viral”
Blue Bus: “Spoleto leva numa boa a crítica bem humorada no YouTube e faz açao de marketing na sequência”
Administradores.com: “Inimigos, melhor tê-los por perto: a lição do caso Spoleto / Kibe Loco”
Mundo do Marketing: “Criticado, Spoleto lança resposta bem humorada em vídeo”
Zero Hora: “Spoleto usa vídeo viral a seu favor”

Complementando a ação, a rede associa aos vídeos, o seguinte texto: 
" Isso jamais deve acontecer. Mas às vezes foge ao nosso controle... Se você foi mal atendido no Spoleto, conte pra gente, e nos ajude a melhorar. Escreva para: sos@spoleto.com.br . Siga o Spoleto: https://www.facebook.com/Spoleto  | https://twitter.com/spoleto. "

Eis o vídeo da Parte II:


Realmente é um case e estão de parabéns no Spoleto. Souberam mesmo agir rapidamente e de maneira surpreendente.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

FALTA DE RESPEITO - ACUSAÇÃO SEM PROVA


Tem empresa que não entende (ou parece não entender) de relacionamento com cliente, fidelização e RESPEITO. É o caso da VIA FÁCIL/SEM PARAR (http://www.viafacil.com.br/sp/).

Sou cliente deles há vários anos, com 4 carros e uma conta de passagens nos últimos 5 anos, quase que de frotista (em função do meu trabalho no interior).

Ontem, fui surpreendido com um email me acusando de FRAUDE e eles não me dão nenhuma indicação de prova para tal acusação. Como pode ?

O email que recebi diz exatamente o seguinte:

Prezado Cliente,  Identificamos que o Tag do seu veículo cadastrado em nosso sistema foi removido. A remoção pode ter ocorrido acidentalmente ou sem o seu conhecimento. De acordo com o Termo de Adesão aos serviços e, segundo a regulamentação da ARTESP (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo), são suas obrigações:  1 - instalar o Tag exclusivamente no veículo cadastrado;
2 - utilizar o Tag exclusivamente nos veículos de categorias declaradas no ato da contratação dos serviços;
3 - remover o Tag somente se houver troca ou venda do veículo;
4 - remover o Tag somente se houver falha comprovada no funcionamento ou se houver troca de para-brisa;
 O Tag é de uso exclusivo no veículo cadastrado e os dados como: placa, modelo e categoria do veículo estão vinculados ao aparelho. Desta forma, é considerada utilização irregular qualquer situação de uso contrária às obrigações acima descritas.  Tags em situações irregulares devem ser substituídos logo que possível para evitar o bloqueio dos serviços, a não abertura da cancela e possíveis multas por evasão de pedágio.  Pedimos que compareça a um de nossos pontos de atendimento dentro do prazo de 12 (doze) dias corridos (a contar da data do envio desta carta) e faça a substituição do Tag. Consulte no site o endereço mais próximo de você. Leve o Tag que precisa ser substituído, o veículo e o documento original do veículo.  Evite o bloqueio dos serviços para que você continue usando o seu Sem Parar/Via Fácil tranquilamente e com a confiança na prestação de um bom serviço.  O Sem Parar/Via Fácil foi feito para você que quer comodidade nas rodovias e estacionamentos e não gosta de perder tempo. A melhor escolha hoje, amanhã e sempre!  Em caso de dúvidas, entre em contato com a nossa central de atendimento.  Atenciosamente,
Atendimento ao cliente
Sem Parar/Via Fácil


Destaquei essas duas partes do texto que recebi  pois na primeira, me acusam e na segunda apresentam uma informação que não serve para nada.

Esse meu veículo tem estado praticamente o tempo todo parado em um estacionamento e me causou enorme espanto a acusação, justamente por isso.Liguei no SAC da empresa (0800 015 0252), às 10:20 dia de hoje (30/ago) e fui atendido pela Katia que não me deu nenhuma explicação de evidência dessa fraude de que sou acusado. Diante de tanta falta de informação, pedi para falar com um supervisor (Erika) que também disse não saber mais nada sobre o caso. Segundo as duas atendentes, tenho que me deslocar até uma loja onde, lá, terei as informações.

Qual a lógica disso ?!

Contrato um serviço que uso há tantos anos, com tantos veículos em meu nome (4 !), sou acusado de fraude e ainda tenho que parar meu trabalho para ir pessoalmente na loja para saber qual a evidência que leva a empresa a me acusar ?

Absurdo, para dizer o mínimo.

Se há um uso indevido do meu TAG, preciso saber. A empresa precisa me dizer como chegaram a essa conclusão. Como disse, meu carro está estacionado há vários dias, sem uso, em um estabelecimento comercial especializado nisso e se o TAG foi utilizado, trata-se de caso de polícia de uso indevido e preciso tomar as providências.

Farei viagem a trabalho nessa sexta feira e espero não ter a surpresa de as cancelas dos pedágios não abrirem.

Agora, além de divulgar esse caso absurdo, tenho que tentar resolver pessoalmente na loja deles, afinal, é assim que eles tratam seus clientes.

Que coisa triste. Que péssimo Marketing......mas, ah, lembrei, esse monopólio está acabando, né ?

Viva ! Uma luz no fim desse túnel.


domingo, 26 de agosto de 2012

UM ÍDOLO QUE "SE VAI"


Meu post de hoje estava planejado desde sexta feira, quando o respeitado THE WALL STREET JOURNAL publicou a matéria (dos jornalistas Reed Albergotti  e Vanessa O'Connell) que serviu de base para esse texto, anunciando que LANCE ARMSTRONG, uma lenda viva do ciclismo mundial tomou uma inacreditável decisão que o levou a perder todos os seus títulos, incluindo os 7 (isso mesmo, sete !) títulos do TOUR DE FRANCE e a ser banido das competições internacionais como ciclismo e triatlo.

Sem dúvida é triste para mim escrever esse texto, pois trata-se de um esportista de alto rendimento e ídolo para mim e muita gente.

Deixa eu começar explicando a razão da tristeza. Como envolvido com ciclismo, mais do que qualquer outro esporte, tinha Lance Armstrong como um grande ídolo. Um sujeito que superou adversidades bem sérias (falo disso mais adiante) e venceu 7 (sete !) vezes o Tour de France; mas a que custo, me pergunto, hoje ? Sou um “romântico” do esporte “limpo” e que vença o melhor. Acredito nas palavras do Barão Pierre de Coubertin, inventor dos jogos olímpicos modernos, de que “o importante é competir”. Já escrevi o quanto me irrita opiniões como do ex-campeão de F1, Nelson Piquet, que celebrizou a frase que o “segundo colocado é o primeiro dos perdedores”. Isso não combina comigo, pois acho e defendo que mais vale superar seus limites e se entregar numa competição limpa, do que a posição que se chega na prova. Pelo menos penso assim !

Isso me tornou uma pessoa que nutre um verdadeiro ódio (palavra pesada, reconheço) pelo doping ou por qualquer tipo de trapaça. Quebrar as regras, ganhar vantagem (qualquer que seja) de maneira desonesta, é algo que me incomoda muito e isso vale em qualquer esporte.

Outro ponto importante e que torna triste escrever esse texto é porque os grandes atletas são exemplos para o mundo, especialmente os jovens e as crianças. Recentemente na olimpíada de Londres, o time de basquete da Espanha foi acusado de entregar o jogo contra o Brasil, só para evitar o time americano antes da final. Perguntado sobre sua opinião, o técnico do time brasileiro, o argentino Rubén Magnano disse que “o Brasil sempre vai entrar em quadra para jogar basquete pois se agirmos diferente, que exemplo daremos aos jovens que nos assistem ?”. Ganhamos aquele jogo e acabamos desclassificados “antes da hora” por ter pego uma chave mais complicada; mas jogamos um basquete sério no torneio. Concordo com ele. Por isso, todo atleta de alto rendimento, que vira ídolo, assume ainda mais responsabilidade pois tem que se comportar muito bem, mesmo fora de seu ambiente de competição. Ele acaba sendo exemplo.

Se olharmos na história e nos rankings dos “maiores ciclistas do mundo”, podemos nos deparar com outras (verdadeiras) lendas, mas com a capacidade de divulgação das mídias modernas (entenda-se Internet, TV a cabo, etc), Lance Armstrong acaba tendo uma visibilidade muito grande, hoje em dia.  O envolvimento dele com a Nike e seu poder de mídia, potencializaram sua imagem ao redor do mundo. Quem não conhece (ou usa/usou) a famosa pulseira amarela (Livestrong) da campanha de ajuda a pesquisa de combate ao câncer idealizada pela fundação Armstrong junto com a Nike ? Segundo a fundação de Lance, só dessa pulseira foram vendidos mais de 50 milhões de unidades. Essa campanha acabou deflagrando a febre de pulseiras coloridas que assolaram o mundo pós 2004, quando a campanha de Lance foi lançada.

Falando dos esportistas. Vale comentar que o maior ciclista de todos os tempos foi Eddy Merckx, nascido em 1945 na Bélgica. Em qualquer site que se busque saber sobre os maiores ciclistas do mundo e da historia, Eddy Merckx vai sempre aparecer em primeiro e isso acontece por sua lista impressionante de títulos. As competições internacionais mais importantes do mundo do ciclismo são Tour de France, Giro d’Italia e Vuelta a España. Para se ter uma idéia, Eddy Merckx venceu 5 Tour, 5 Giro e 1 Vuelta ! Lance, por sua vez, de fato aparece como recordista no Tour de France com 7 vitórias mas nunca ganhou nem o Giro e nem a Vuelta. Veja o link do site http://www.cyclingranking.com/Rankings/Overall.aspx e observe que apesar de sua enorme projeção, Lance Armstrong aparece “apenas” na 17a posição. Esse ranking considera pontos pelo histórico da carreira de cada atleta.

Muita gente conhece a história de Lance Armstrong, mas vou dar uma resumida. Ele começou como nadador e mudou para o triátlon ainda muito jovem. Desde então desenvolveu uma brilhante carreira, tendo se tornado um super atleta com pontuação (no ciclismo) melhor que muitos profissionais experientes (ainda na época de amador). Tudo isso antes dos 25 anos, quando teve detectado um câncer nos testículos que acabou se espalhando pelo abdômen, pulmões e cérebro. Apos lutar contra a doença, Lance se recuperou e voltou a ser um atleta ainda melhor que antes. Quando todos achavam que ele pudesse estar “acabado” para o esporte de alto rendimento, fez uma verdadeira “volta por cima” e venceu 7 edições seguidas do Tour de France (1999,2000, 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005).

Num dos esportes mais envolvidos com doping (ciclismo), Lance sempre foi “perseguido” sob várias suspeitas. Durante vários anos ele teria sido testado mais de 500 vezes e sempre considerado “limpo”. Porém as dúvidas sempre pairavam e rondavam o atleta-astro. Mais de uma vez foram levantadas hipóteses de ele ser beneficiado nesses testes, ou ter alguns de seus resultados relevados por conta dos medicamentos que usava relacionados ao câncer, mas sempre havia a afirmação incontestável de sua conduta.

Depois de sua aposentadoria do ciclismo profissional, alguns de seus antigos companheiros de equipe, inclusive o campeão do Tour de 2006, foram acusados de doping e acabaram por colaborar com as autoridades americanas que seguiam investigando Lance Armstrong. Floyd, por exemplo, foi acusado em 2010 e seu titulo do Tour foi cassado.

À meia noite da última quinta-feira, segundo o The Wall Street Journal, venceu o prazo que Lance Armstrong tinha para entrar com sua defesa no processo que a USADA (órgão que monitora e controla o doping nos esportes nos Estados Unidos) move. Esse processo junta-se à outro movido pelo escritório do procurador geral da Califórnia que também investiga (há vários anos) a conduta de Lance. Ao se recusar a continuar sua luta, alegando um tratamento feroz e injusto contra ele (Lance, em nota acusa que “os métodos de ataque à ele, pelas organizações, são piores do que um atleta usar drogas e meios ilícitos para melhorar sua performance”), Lance tem todos os seus títulos cassados desde 1/agosto/1998 e acaba sendo banido de todas as provas olímpicas assim como de qualquer esporte de alto nível, pelo resto de sua vida. Atualmente ele tinha voltado a competir em provas de triatlo.

Essa atitude que ele toma, chocou o mundo esportivo pelo que ela pode significar, afinal alguém que jura inocência, deixar de lutar para prova-la é muito estranho. É claro que eu não posso acusa-lo de nada e caberá às provas que as organizações de combate ao doping tem, provar que ele não agiu dentro da legitimidade durante todos esses anos, mas o fato de “entregar os pontos” nessa batalha, serve de (mal) exemplo para todos que, como eu, o tinham como ídolo de superação num esporte tão competitivo como o ciclismo.

Como disse, por tudo isso, esse meu post é triste. Trata de um esporte que gosto e de um ídolo que “se vai”.



Fontes:
Imagem: AFP/Getty Images


domingo, 12 de agosto de 2012

DICA DE LIVRO – SERVIÇO SECRETO AMERICANO


Uma das características que mais me atraem para ler é quando o livro trata de histórias verdadeiras. Por isso gosto tanto de biografias, por exemplo. Essa minha última leitura é um tipo de biografia meio diferente. Trata-se das história do Serviço Secreto Americano. Aquele grupo de “agentes secretos” que atuam como “guarda-costas” dos presidentes e tem como característica usar um fone de ouvido com fio meio enrolado aparecendo. Para quem já teve a oportunidade de estar em Nova Iorque na época de Assembléia Geral da ONU, “cansou” de vê-los em ação nas ruas, protegendo os dignatários estrangeiros. Também para quem acompanhou a visita dos Presidentes Bush (em São Paulo) e Obama (no Rio), pode vê-los em ação.

O livro é IN THE PRESIDENT'S SECRET SERVICE - Behind the Scenes with Agents in the Line of Fire and the Presidents They Protect escrito por Ronald Kessler. Com uma longa carreira, esse autor/jornalista é correspondente em Washington e já trabalhou no Washington Post, United Press International, Associated Press e atualmente comenta assuntos políticos no site Newsmax.com. Já escreveu 19 livros

O livro traz um pouco da história do departamento, sua origem, forma de atuação e explora muito das preocupações de quem está na linha de frente. Aborda questões de gestão de pessoal, treinamento e equipamentos utilizados. Faz duras criticas à forma como as coisas acontecem nessa “agencia” americana, especialmente quando comparada com o FBI, por exemplo.

Gostei bastante da parte que traz um pouco de fatos curiosos e características dos ex-presidentes e a forma como se comportavam. Jimmy Carter, Bush “pai” e Bush “filho”, Clinton, Nixon, Reagan e Obama são citados e tem algumas de suas “intimidades” reveladas. Pessoalmente não achei que seja uma grande invasão de suas privacidades, apesar de certos aspectos de cada um deles terem sido revelados de forma bem franca.

Jimmy Carter, por exemplo, tinha o hábito de parecer para o público que não precisava de ajuda para carregar suas próprias malas, mas elas estavam sempre vazias (as verdadeiras eram carregadas por outros), costumava chegar às 6:00 da manhã para “mostrar serviço” no Salão Oval, mas depois de um pouco de tempo, fechava as cortinas e dava uma boa cochilada. Reagan é apresentado como um “super-camarada”, preocupado com os agentes e com relacionamento muito próximo deles. Os Bush também são muito bem queridos pelo que o livro descreve; e assim por diante.




Fontes: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCR92Ytz2P-h0945-Jrlz-Je6rbPwykGZQaALj157EEyAGouK7Qb3CMrpCdZMtzL5shNln5y-jHuk-R1j7exvyYi67UODb8jCkDUWEsuMDtFLFPKOAnRA5gpZd6Kmvw3eFnefYCwC6rtD0/s400/In-the-Presidents-Secret-Service-Ronald-Kessler-unabridged-Tantor-Media-audio-books.jpg e http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2009/08/21/AR2009082101668.html


CITIUS, ALTIUS, FORTIUS


Acabou a Olimpíada de Londres 2012 com uma festa bem bonita, menos a parte que mostrava o Brasil, na minha opinião, mas esse não é o tema desse meu texto. Meu tema é o ESPORTE e a participação brasileira na competição.

Esporte é algo que me interessa e assunto desse blog, por isso comento.

Essa foi a 21a participação do Brasil em Olimpíadas e nosso  6o “melhor resultado”, tendo ficado na 22a posição geral (já chegamos a ser 15o em Antuérpia, 1920). Melhoramos em relação a Pequim, isso é verdade (fomos 23o naquela época), mas não vejo isso como uma forte evolução considerando que vamos organizar a próxima olimpíada “em casa” e normalmente, historicamente, vejo que os países-sede se preparam desde os jogos anteriores com “promessas” mas bem preparadas.

Em termos de quantidade de medalhas, ficamos com 17, 2 a mais que Pequim e Atlanta, mas deixamos de melhorar nossa situação (de colocação geral) com alguns “ouros” perdidos. Também deixamos de melhorar nossa quantidade de medalhas com algumas performances abaixo do histórico de certos atletas.

Recentemente comentei no Facebook de um amigo que considero os Jogos Olímpicos como o maior evento esportivo do mundo, para o qual, os melhores atletas do mundo se preparam e por isso não deve haver aquela mentalidade de “já ganhou”. Me irritei com alguns repórteres da TV Record que “cobravam” atletas por não terem conseguido a medalha e, em alguns casos, os cobravam por não terem obtido o “ouro”. Isso é absurdo.

Todo mundo que está ali tem chance de ganhar. Temos que pensar que se classificar para uma Olimpíada é um feito grandioso para qualquer atleta. Chegar a final então nem se fala. Daí pra frente, já passou do sucesso: pódium, medalha, ouro; tudo o “supra-sumo” do sucesso. Claro que tudo isso tem um significado, e deve ser cobrado de maneira, diferente para os atletas profissionais.

Mas tem coisa que eu não admito nesse universo esportivo e uma delas é “máscara”. Uma coisa é o atleta ser confiante e estar tão bem preparado para falar com naturalidade sobre a competição, outra, bem diferente, é “cantar vitória antes da hora”; a chamada “máscara”.  Se o sujeito é tão “mascarado” assim, passa a ter obrigação de ganhar. Recomendo ler matéria da Revista Veja dessa semana (15/agosto) onde esse assunto é abordado de uma maneira bem franca.

O que não pode acontecer numa olimpíada é o atleta “refugar” ou ter um desempenho pior que nos treinos. O treinamento deve ser planejado para que o atleta atinja seu máximo potencial na competição e por isso, se ele perde para alguém melhor que ele, faz parte do jogo. Mas, perder para ele mesmo ou para fatores psicológicos dele mesmo, isso não pode acontecer. Durante essa Olimpíada vimos vários casos desses. Algumas das nossas maiores estrelas não desempenharem o melhor de si por fatores puramente psicológicos. Cair, queimar salto, não saltar, não fechar “jogo ganho”, não jogar, alegar cansaço por ter disputado outra prova na véspera, etc. Foram vários exemplos de situações que devem ser melhor preparadas para que não façamos feio em 2016. Acho que na Olimpíada do Rio, temos sim obrigação de fazer bonito e “fazer bonito”, não é ganhar tudo, mas sim, “nos superarmos”. Darmos o melhor e termos as melhores marcas de nossa história. O salto mais longo que já fizemos, o mais alto, a corrida mais rápida, a prova de natação no tempo mais baixo, etc. Temos que ganhar de nós mesmos, de nosso melhor histórico e isso será “nossa grande vitória”. Se fizermos isso e acabarmos com zero medalhas, é porque os outros foram melhores, mas nós fizemos a nossa parte.

Só não podemos ficar em cima da “máscara” e nos dar mal.

Ao trabalho Brasil, vamos começar a treinar.



P.S.: o título desse post, citius, altius, fortius é a expressão em latim do lema olímpico "mais rápido, mais alto, mais forte".



Fontes: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnvTmIT4bc389mwxxFfkJBya8yEcSkYXJnmC-f8FszISfj3ZDk3Zz25DvIhkUF6Xnx65gspWjXVjLYYcoF_1MdHJC133k-stAtfF18ChytilylZiL6wNOV4uGYSyN8TPV7zcf99gYMl9Y/s1600/olimpiadas_atenas_abertura.jpg, Comitê Olímpico Brasileiro


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

ERRAR É HUMANO, MAS DÁ PARA EVITAR.


Faz um certo tempo que não venho aqui escrever sobre aspectos relacionados ao ambiente corporativo, relação entre pessoas, etc. Por isso escolhi esse texto do Prof. Marcos Morita que aborda erros comuns de profissionais mal sucedidos. Algumas dessas dicas são bem comuns e, mesmo sabendo, acabamos cometendo. Vale como lembrete. Aproveitem.

Os 7 erros mais comuns de um profissional mal sucedido

O autor diz que já escreveu diversos artigos sobre liderança, concentrando, em geral, nos escalões mais altos, tais como gerência e diretoria. Nesse texto ele propõe  mudar um pouco o foco, atendendo a hierarquia de maneira mais generalizada, apontando dicas para que um novo funcionário, seja em outra área ou empresa, possa se destacar frente a seus colegas de trabalho.

Essas são sete dicas do que NÃO fazer para se dar bem em qualquer ambiente corporativo.

1.Cuidar somente do próprio quintal:

duvido quem nunca tenha escutado a célebre frase: "isto não é minha responsabilidade". Apesar dos colegas que abusam da boa vontade dos bem intencionados, dispará-la ao primeiro questionamento não é a melhor atitude.

Avalie e veja realmente se o problema não é de sua alçada, assim poderá colaborar.

2.Ter medo de errar:

compartilho a frase que ouvi de diversos gestores: "prefiro os que erram por fazer aos que não fazem por medo de errar".

O erro, dentro de padrões aceitáveis, demonstra a pró-atividade do colaborador.

O gestor competente deve aproveitá-lo para apontar, corrigir a rota e sugerir melhorias. Isto não justifica persistir no erro, lembre-se.

3.Não querer se molhar:

imagine a situação: fechamento mensal de vendas em uma distribuidora numa sexta-feira, quase final do expediente. O frenesi toma conta de todos, cujo objetivo é fechar as metas propostas. Agendar uma sessão de acupuntura ou sair mais cedo para ir à praia, pode demonstrar que prefira ficar alheio.

Imagine quem não será lembrado em uma eventual promoção...

4.Trazer a farinha, não o bolo ou a receita:

conheço colaboradores que adoram trazer problemas para a chefia imediata, apresentando-os e cobrando sua resolução.

Saliento a estes que já tive diversos funcionários, os quais traziam o bolo pronto ou pelo menos algumas receitas para prepará-lo.  Infelizmente já não os tenho em minha equipe, uma vez que invariavelmente progrediram em suas carreiras.

5.Preferir o meio de campo:

apesar da importância em jogar pelo time, trazer resultados individuais certamente fará com que se destaque na equipe.  Engana-se que apenas os que trabalham em áreas de negócio ou em altas funções podem fazer a diferença.

Grandes sacadas surgem na linha de frente, a qual convive e vive os problemas dos clientes no dia a dia. Tenha idéias, sugira, implemente e divulgue-as.

6.Não ser político:

apesar das notícias podres do Planalto, algo pode ser aprendido com os nobres deputados e senadores.  Alianças e coligações devem fazer parte do seu dia a dia, independentemente do nível ou função.

Em situações de estresse e alta demanda, é o bom relacionamento que muitas vezes fará com que seu pedido seja atendido com prioridade por outro colega de trabalho.

7.Agir e não pensar:

não parar de tempos em tempos para avaliar suas atitudes e comportamentos pode ser um erro fatal.  O dia a dia opressor do mundo corporativo muitas vezes criam feridas, cujas cicatrizes nos deixam mais intolerantes e menos sensíveis.

Pare de vez em quando e converse com seu superior, colegas e subordinados de maneira aberta, solicitando que pontuem sobre suas atitudes e comportamentos.


Apesar da trivialidade dessas sugestões, há profissionais com currículos irretocáveis que não conseguem construir carreiras consistentes, pulando de empresa em empresa.

Há, por outro lado, pessoas simples e com baixa instrução formal, as quais, devido às características mencionadas, tornaram-se essenciais nos locais em que trabalham.

Quantas vezes você já não escolheu o restaurante pelo garçom ou a padaria pelo simpático atendente?

Pense nisto antes de tomar sua próxima atitude.

Sobre o autor: Graduado em Administração de Empresas (USP), Especialista pela EAESP - FGV e Mestre pela Universidade Presbiteriana Mackenzie na Área de Estratégia. Autor de dois livros: Pesquisa de Mercado e Marketing Digital, lançados em 2010 e 2011. Professor Associado no Mackenzie e Professor Tutor na FGV paras as Disciplinas: Planejamento Estratégico, Gestão de Serviços, Marketing Digital, Teorias Contemporâneas, Tópicos Avançados em Administração, Teorias da Organização, Inteligência de Negócios, Tópicos Avançados em Marketing e Pensamento Estratégico.


Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/os-7-erros-mais-comuns-de-um-profissional-mal-sucedido/63965/ (via http://wglucchesi.blogspot.com.br/) e imagem de http://static.portaleducacao.com.br/arquivos/imagens_noticias/12032012195653.JPG