domingo, 14 de outubro de 2012

BRASIL FICA EM 9º LUGAR EM RANKING GLOBAL DE MERCADOS EDITORIAIS



(Para a criação gráfica do mapa, utilizou-se a ferramenta Worldmapper a partir dos valores obtidos ou estimados.)


Já que fazia tempo que não escrevia aqui no blog, hoje venho comentar notícia publicada no Publishnews, sobre o mercado editorial mundial.  A imagem que abre esse post é uma visão do Mapa Global de Mercados Editoriais

O consultor austríaco Rüdiger Wischenbart, começou a mapear a indústria mundial do livro em 2011, num projeto patrocinado pela International Publishers Association (IPA), com apoio da Feira do Livro de Londres e da BookExpo America.

Os resultados iniciais dessa pesquisa começaram a aparecer no primeiro semestre deste ano, na Feira de Londres e na BookExpo America, quando um ranking preliminar dos mercados por país foi apresentado. Trata-se, no entanto, de um trabalho ainda em desenvolvimento e espera-se que ainda durante a Feira de Frankfurt/2012 a IPA divulga um ranking atualizado e mais completo.Veja o ranking:



Nos dados apresentados de forma preliminar,  o Brasil ocupa uma honrosa 9ª posição com um valor de mercado ao consumidor final estimado em €2,546 bilhões. Atrás da Espanha e à frente da Índia, o mercado brasileiro aparece consolidado como o maior da América Latina. 

O gráfico abaixo apresenta esse ranking geral:



A distância do nosso mercado com os 3 ou 4 primeiros do ranking, assusta. Mesmo se desconsiderarmos o enorme mercado norte americano, China, Alemanha e Japão apresentam mercados mais de duas vezes o brasileiro. Segundo o Publishnews, vale observar que a  forte participação do governo brasileiro no faturamento das editoras – em 2011 ela ficou em 28,7% –, o valor do mercado em preços ao consumidor fica subdimensionado se comparado com outros países onde a participação do governo é menor e a participação de toda a cadeia do livro na venda de livros didáticos torna os preços ao consumidor maiores. Neste estudo, nas vendas governamentais, o preço ao consumidor é igual ao faturamento das editoras, gerando, portanto, um valor de mercado relativamente menor. Se a participação do governo fosse ponderada no cálculo, o Brasil com certeza ganharia algumas posições.

Do ponto de vista negativo, chama a atenção o baixo índice de novos títulos e reedições por milhão de habitantes, que ficou em 285 e à frente apenas da China (245) entre os países onde tais dados estavam disponíveis. Por outro lado, ao cruzarmos esse índice com a população de cada pais, notamos que o Brasil ocuparia a oitava posição de um ranking de edições com mais de 56.000 no ano. Essa análise mostra que as diferenças “gritantes” de novas publicações estão concentradas nas 3 primeiras posições desse ranking (Estados Unidos, China e  Reino Unido). De qualquer forma, continuo a acreditar que tudo isso serve para mostrar o enorme potencial desse nosso mercado. Não nos esqueçamos que os eBooks, por exemplo, já são uma realidade consolidada nos Estados Unidos e estão num estágio bem mais avançado no Reino Unido. Por aqui, ainda é bem incipiente o que os eBooks representam no mercado e tudo leva a crer que poderemos crescer muito esse mercado global nos próximos anos. 

Gráfico que mostra o ranking de lançamentos com Brasil na oitava posição:



A notícia que serviu de base para esse post pode ser lida na íntegra, em http://publishnews.wordpress.com/2012/10/08/brasilnonolugar/ .

Abraços..