(Para a criação gráfica do mapa, utilizou-se a ferramenta
Worldmapper a partir dos valores obtidos ou estimados.)
Já que fazia tempo que não escrevia aqui no blog, hoje venho
comentar notícia publicada no Publishnews, sobre o mercado editorial mundial. A imagem que abre esse post é uma visão
do Mapa Global de Mercados Editoriais
O consultor austríaco Rüdiger Wischenbart, começou a mapear
a indústria mundial do livro em 2011, num projeto patrocinado pela
International Publishers Association (IPA), com apoio da Feira do Livro de
Londres e da BookExpo America.
Os resultados iniciais dessa pesquisa começaram a aparecer
no primeiro semestre deste ano, na Feira de Londres e na BookExpo America,
quando um ranking preliminar
dos mercados por país foi apresentado. Trata-se, no entanto, de um trabalho ainda em desenvolvimento e
espera-se que ainda durante a Feira de Frankfurt/2012 a IPA divulga um ranking
atualizado e mais completo.Veja o ranking:
Nos dados apresentados de forma preliminar, o Brasil ocupa uma honrosa 9ª posição
com um valor de mercado ao consumidor final estimado em €2,546 bilhões. Atrás da
Espanha e à frente da Índia, o mercado brasileiro aparece consolidado como o
maior da América Latina.
O gráfico abaixo apresenta esse ranking geral:
A distância do nosso mercado com os 3 ou 4 primeiros do
ranking, assusta. Mesmo se desconsiderarmos o enorme mercado norte americano,
China, Alemanha e Japão apresentam mercados mais de duas vezes o brasileiro. Segundo
o Publishnews, vale observar que a
forte participação do governo brasileiro no faturamento das editoras –
em 2011 ela ficou em 28,7% –, o valor do mercado em preços ao consumidor fica
subdimensionado se comparado com outros países onde a participação do governo é
menor e a participação de toda a cadeia do livro na venda de livros didáticos
torna os preços ao consumidor maiores. Neste estudo, nas vendas governamentais,
o preço ao consumidor é igual ao faturamento das editoras, gerando, portanto,
um valor de mercado relativamente menor. Se a participação do governo fosse
ponderada no cálculo, o Brasil com certeza ganharia algumas posições.
Do ponto de vista negativo, chama a atenção o baixo índice
de novos títulos e reedições por milhão de habitantes, que ficou em 285 e à
frente apenas da China (245) entre os países onde tais dados estavam disponíveis.
Por outro lado, ao cruzarmos esse índice com a população de cada pais, notamos
que o Brasil ocuparia a oitava posição de um ranking de edições com mais de
56.000 no ano. Essa análise mostra que as diferenças “gritantes” de novas
publicações estão concentradas nas 3 primeiras posições desse ranking (Estados
Unidos, China e Reino Unido). De
qualquer forma, continuo a acreditar que tudo isso serve para mostrar o enorme
potencial desse nosso mercado. Não nos esqueçamos que os eBooks, por exemplo,
já são uma realidade consolidada nos Estados Unidos e estão num estágio bem
mais avançado no Reino Unido. Por aqui, ainda é bem incipiente o que os eBooks
representam no mercado e tudo leva a crer que poderemos crescer muito esse
mercado global nos próximos anos.
Gráfico que mostra o ranking de lançamentos com Brasil na oitava posição:
A notícia que serviu de base para esse post pode ser lida na íntegra, em http://publishnews.wordpress.com/2012/10/08/brasilnonolugar/ .
Abraços..
Fontes: http://publishnews.wordpress.com/2012/10/08/brasilnonolugar/,
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_pa%C3%ADses_por_população
e http://publishnews.files.wordpress.com/2012/10/pub2012.jpg