Noventa e um minutos que passam como se fossem “apenas
vinte”. Imagens maravilhosas da Terra, vista do espaço. Um clima que os
especialistas em cinema, chamam de “montanha russa”, tanta que é a adrenalina.
Isso descreve um pouco de GRAVIDADE (Gravity), último filme que traz George Clloney e Sandra Bullock.
A história é ficção, claro, mas conta com o máximo possível
de realismo. Como disse um ex-astronauta que viveu um tempo na Estação Espacial
Internacional (ISS), “—alguém fez a lição
de casa bem feita.”
A única coisa “exagerada” no filme, do ponto de vista
técnico, é o tamanho da Estação Espacial Chinesa. Atualmente ela conta com
apenas um ou dois módulos e é apresentada no filma em sua configuração prevista
para o período 2016-2022, completa. Todo o resto é muito verossímil ou possível
de acontecer.
O filme mostra a situação vivida por dois astronautas (um
profissional e o outro, técnico, em programa de experiências no espaço) quando
são surpreendidos por um evento catastrófico que os deixa à deriva.
O filme é eletrizante (daí a descrição de “montanha-russa”)
pois não para nem um segundo. Mesmo quando “alivia”, o faz por muito pouco
tempo.
Assisti esse filme duas vezes, ambas na sala IMAX em 3D e
vale a experiência. O tipo de projeção, o som, a qualidade do 3D, tudo isso
potencializa o filme e o espectador passa MESMO a fazer parte do filme. A
tensão aumenta muito assim como as belas cenas da Terra vista do espaço.
Um aspecto que vale comentar, no entanto, é a produção do
filme.
Esse é um daqueles filmes com poucos atores. De fato, apenas
dois atores aparecem durante o filme todo: Clooney e Bullock. É verdade que
olhando a ficha técnica do filme, constatamos que “oficialmente” ainda existem
mais cinco personagens, mas todos são apenas vozes. Um deles, em especial, tem
uma curiosidade. Ed Harris, ator famoso, faz a voz do mission control, responsável pelo controle da missão. Ed Harris
atuou em APOLLO 13, no papel de Gene Kranz, diretor daquela missão (esse é um
filme que traz a realidade do acontecido com aquela missão, portanto ele
interpreta um personagem real).
Analisando a lista completa de equipe técnica, constato um
time de 814 pessoas envolvidas na produção do filme. Realmente isso chama a
atenção.
Os atores não eram as “primeiras” opções do diretor. Para o
papel masculino, Robert Downey Jr era a primeira escolha e para o papel
feminino, Sandra foi escalada após a desistência de Angelina Jolie , Rachel
Weisz, Naomi Watts, Natalie Portman, Marion Cotillard, Abbie Cornish, Carey
Mulligan, Sienna Miller, Scarlett Johansson, Blake Lively, Rebecca Hall and
Olivia Wilde.
O filme custou mais de US$ 100 milhões e foi praticamente
todo realizado sem que o estúdio visse um único frame.
O diretor, Alfonso Cuarón já havia feito sucesso em 2006 com
Filhos da Esperança e em 2004 com Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban.
Outro detalhe importante e curioso. Normalmente cenas de “gravidade
zero” eram feitas utilizando os aviões que ficavam “criando” a gravidade zero
com subidas e descidas bruscas, mas essa técnica tornaria impossível fazer um
filme dessa natureza. Por isso o filme demorou para ser colocado em produção e
técnicas desenvolvidas durante a filmagem de Avatar, permitiram desengavetar o projeto e colocar ele em produção.
Separei dois vídeos que acho legal para completar esse post
de hoje.
Esse é um vídeo promocional que ressalta a razão de ter “sido
feito” para IMAX e traz entrevista com dois astronautas verdadeiros:
Esse vídeo traz uma entrevista com o diretor que fala do
projeto:
Recomendo muito que assistam. Vale a pena.
Fontes: YouTube, IMDb, http://www.youtube.com/watch?v=39w4Ow5QDGQ,
http://www.youtube.com/watch?v=AQHAC5kUgH0
, http://www.imdb.com/title/tt1454468/?ref_=ttfc_fc_tt
, http://www.imdb.com/name/nm0190859/?ref_=tt_ov_dr
, http://pipocamoderna.com.br/wp-content/uploads/2013/08/Gravidade-poster.jpg
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