Durante vários anos, ao voar TAM, nas revistas de bordo,
acompanhei a montagem de um “sonho”.
Talvez sem grande alarde e quase
desapercebido pela maioria dos leitores da revista, nas últimas páginas
apareciam sempre algumas fotos de carcaça de aviões antigos acompanhado de uma
nota entusiasmada sobre o “achado”. Era a forma de “prestar contas” da evolução
da montagem do acervo do MUSEU TAM (http://www.museutam.com.br/home.php)
que tive, finalmente, a chance de conhecer nesses últimos dias.
Localizado em São Carlos, a 250 kms de São Paulo, o museu é
mesmo um “sonho” para quem gosta de aviação, acompanha o assunto e gosta de ver
uma coisa de tanta qualidade e investimento sendo feito por um idealizador.
O museu nasceu da enorme vontade do Cmd Rolim em preservar e
contar a história da aviação, cultuando o pai da aviação, o brasileiro Alberto
Santos Dumont e, claro, mostrando a evolução de sua empresa. Desde sempre, pelo que acompanhava nas revistas, o museu ficou
à cargo do irmão do Cmd Rolim que depois de muitos anos abriu as portas desse
magnífico espaço.
O museu tem mais de 90 aeronaves que, mesmo expostas, quase
todas tem condições de vôo. Logo na entrada, um caça da 2a guerra
decora a área de bilheteria.
A 1a parte do museu é um “túnel do
tempo” com fatos, fotos, vídeos e relíquias da história da aviação. No final
desse “túnel”, entra-se numa sala de projeção que conta rapidamente a história
da TAM e do Cmd Rolim e a razão de existir do museu. Quando a projeção termina,
a tela se abre para o espaço do museu. São mais de 20.000 metros quadrados o
que o torna o maior museu do mundo mantido por uma companhia aérea privada.
Apenas 4 são réplicas, como esse Demoiselle de Santos Dumont
que fotografei:
Todos os demais são aeronaves verdadeiras, quase todos em
condições de vôo. Mas para mim, que sou um apaixonado pela aviação, o simples
fato de estar ao lado de uma aeronave que fez história, emociona.
Esse Corsair que fotografei, por exemplo, participou de uma
missão na 2a Guerra e abateu 4 ou 5 Zeros japoneses. O avião é
lindo:
Já esse Messerschimitt alemão (pena que a foto não ficou tão
boa) tem pintado na cauda a marcação de 135 aeronaves abatidas. Dá para
imaginar isso ?!
Segundo a monitora que faz a “visita monitorada”(recomendo
por que descobrimos várias curiosidades), esse Spitfire é tão rápido que para
chegar (voando) ao museu, foi escoltado por Tucanos da FAB, mas ele tinha que
ficar dando voltas porque os Tucanos não conseguiam acompanha-lo no ar.
Existem muitos aviões mais simples e antigos, como esse
Curtiss Robin C2 que tem esse motor encantador:
O único helicóptero exposto é um Sea King de SAR (Busca e
Salvamento) da Marinha do Brasil:
Entre os caças “mais modernos”, há um Xavante da Embraer, um
Lockheed T33, um Gloster, um Mig 15, um Mig 17 e um Mig 21 que serviu na Força
Aérea Polonesa:
Fiquei impressionado com a envergadura (tão pequena) desse
Mirage da FAB. Deve ser muito complicado pilotar um jato desses.
Existem muitas outras aeronaves expostas, incluindo, claro,
um Bandeirante um F27 e um F100, aviões que ajudaram a escrever a história da
TAM e da nossa aviação. Também achei bem legal a exposição de uniformes de
aeromoças e no final pude pilotar um simulador de F18 Tomcat. Essa é uma atração à parte, mas bem legal. É um enorme vídeo
game que simula (muito bem mesmo) a cabine de um F18 e você passa 15 ou 20
minutos “voando”. Além de fazer um combate aéreo, pode decolar, fazer vôo livre
e testar as habilidades para pouso (diurno e noturno) em um aeroporto e num
porta-aviões. Muito legal.
A lojinha, no final, tem bastante coisa legal também e dá
para comprar uma lembrança da visita.
Também vale a pena comentar que no mesmo espaço funciona o
centro de revisões C e D das aeronaves em uso pela TAM. No dia da minha visita
estava um A330 e como essas aeronaves (de grande porte) nunca vemos do chão,
mas da altura dos fingers nos aeroportos, impressiona seu tamanho e altura. O
acesso dessas aeronaves ao hangar de manutenção se dá cruzando a via de entrada
no museu e se, ao visitar o museu, der sorte de ver um desses manobrando, a
imagem deve ser impressionante.
Esse é um passeio que recomendo mesmo. Parabenizo à TAM e à
família Amaro por ter levado adiante essa iniciativa que certamente ainda
voltarei para ver com mais calma.
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