segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

MUSEU DA TAM - QUE LUGAR !!


Durante vários anos, ao voar TAM, nas revistas de bordo, acompanhei a montagem de um “sonho”. 

Talvez sem grande alarde e quase desapercebido pela maioria dos leitores da revista, nas últimas páginas apareciam sempre algumas fotos de carcaça de aviões antigos acompanhado de uma nota entusiasmada sobre o “achado”. Era a forma de “prestar contas” da evolução da montagem do acervo do MUSEU TAM (http://www.museutam.com.br/home.php) que tive, finalmente, a chance de conhecer nesses últimos dias.

Localizado em São Carlos, a 250 kms de São Paulo, o museu é mesmo um “sonho” para quem gosta de aviação, acompanha o assunto e gosta de ver uma coisa de tanta qualidade e investimento sendo feito por um idealizador.

O museu nasceu da enorme vontade do Cmd Rolim em preservar e contar a história da aviação, cultuando o pai da aviação, o brasileiro Alberto Santos Dumont e, claro, mostrando a evolução de sua empresa. Desde sempre, pelo que acompanhava nas revistas, o museu ficou à cargo do irmão do Cmd Rolim que depois de muitos anos abriu as portas desse magnífico espaço.

O museu tem mais de 90 aeronaves que, mesmo expostas, quase todas tem condições de vôo. Logo na entrada, um caça da 2a guerra decora a área de bilheteria. 

A 1a parte do museu é um “túnel do tempo” com fatos, fotos, vídeos e relíquias da história da aviação. No final desse “túnel”, entra-se numa sala de projeção que conta rapidamente a história da TAM e do Cmd Rolim e a razão de existir do museu. Quando a projeção termina, a tela se abre para o espaço do museu. São mais de 20.000 metros quadrados o que o torna o maior museu do mundo mantido por uma companhia aérea privada.

Apenas 4 são réplicas, como esse Demoiselle de Santos Dumont que fotografei:

Todos os demais são aeronaves verdadeiras, quase todos em condições de vôo. Mas para mim, que sou um apaixonado pela aviação, o simples fato de estar ao lado de uma aeronave que fez história, emociona.

Esse Corsair que fotografei, por exemplo, participou de uma missão na 2a Guerra e abateu 4 ou 5 Zeros japoneses. O avião é lindo:

Já esse Messerschimitt alemão (pena que a foto não ficou tão boa) tem pintado na cauda a marcação de 135 aeronaves abatidas. Dá para imaginar isso ?!

Segundo a monitora que faz a “visita monitorada”(recomendo por que descobrimos várias curiosidades), esse Spitfire é tão rápido que para chegar (voando) ao museu, foi escoltado por Tucanos da FAB, mas ele tinha que ficar dando voltas porque os Tucanos não conseguiam acompanha-lo no ar.

Existem muitos aviões mais simples e antigos, como esse Curtiss Robin C2 que tem esse motor encantador:

O único helicóptero exposto é um Sea King de SAR (Busca e Salvamento) da Marinha do Brasil:

Entre os caças “mais modernos”, há um Xavante da Embraer, um Lockheed T33, um Gloster, um Mig 15, um Mig 17 e um Mig 21 que serviu na Força Aérea Polonesa:

Fiquei impressionado com a envergadura (tão pequena) desse Mirage da FAB. Deve ser muito complicado pilotar um jato desses.

Existem muitas outras aeronaves expostas, incluindo, claro, um Bandeirante um F27 e um F100, aviões que ajudaram a escrever a história da TAM e da nossa aviação. Também achei bem legal a exposição de uniformes de aeromoças e no final pude pilotar um simulador de F18 Tomcat. Essa é uma atração à parte, mas bem legal. É um enorme vídeo game que simula (muito bem mesmo) a cabine de um F18 e você passa 15 ou 20 minutos “voando”. Além de fazer um combate aéreo, pode decolar, fazer vôo livre e testar as habilidades para pouso (diurno e noturno) em um aeroporto e num porta-aviões. Muito legal.

A lojinha, no final, tem bastante coisa legal também e dá para comprar uma lembrança da visita.

Também vale a pena comentar que no mesmo espaço funciona o centro de revisões C e D das aeronaves em uso pela TAM. No dia da minha visita estava um A330 e como essas aeronaves (de grande porte) nunca vemos do chão, mas da altura dos fingers nos aeroportos, impressiona seu tamanho e altura. O acesso dessas aeronaves ao hangar de manutenção se dá cruzando a via de entrada no museu e se, ao visitar o museu, der sorte de ver um desses manobrando, a imagem deve ser impressionante.

Esse é um passeio que recomendo mesmo. Parabenizo à TAM e à família Amaro por ter levado adiante essa iniciativa que certamente ainda voltarei para ver com mais calma.




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