terça-feira, 21 de setembro de 2010

PER SE NEW YORK - GRANDE COMEÇO DE VIAGEM




Ontem começamos nossa visita a Nova Iorque em grande estilo; mas bota grande estilo nisso.

Conseguimos, na últimsa hora, uma reserva no restaurante PER SE do Chef Thomas Keller para 12:15. Imagine que depois de passar a noite no vôo, nao tivemos quase nem tempo para tomar banho e lá fomos nós para nosso primeiro compromisso.

A reserva avisava que o restaurante tem um “código de vestimenta” e jeans, sandálias, bermudas e tenis não são aceitos. Paletó é obrigatório.

Meio desconfiados, lá fomos nós, devidamente vestidos para o “código” anunciado. Ainda bem !

O restaurante é de propriedade do Chef Thomas Keller, renomado e premiado Chef que possui o The French Laundry, um dos melhores restaurantes da costa oeste, premiado com 3 estrelas do Guia Michelin (a mais alta classificação que um restaurante pode ter).

Já tendo sido nomeado como melhor Chef da Califórnia e dos Estados Unidos, abriu em Nova Iorque o PER SE localizado no TIME WARNER CENTER, um complexo que tem a sede da Time Warner e um Shopping Center bastante elitista. Localizado na Columbus Circle, bem na frente do Central Park, o restaurante (no 4ª andar) foi idealizado para explorar a maravilhosa vista oferecida pela parede de vidro que possui. Todas as mesas (mesmo as que comportaríam 4 pessoas, na tradicional formação cruzada), acomoda 2 pessoas que ficam meio juntas e com isso, de frente para a janela.
vista do restaurante

A decoração é clean, mas de muito bom gosto. A equipe ultra profissional. Quase não se percebe a brigada circulando. Chama atenção a idade (pouca) dessa brigade tão gentil e eficiente.

Ao entrar no restaurante fica claro que é bobagem não dar atenção ao aviso do “código de vestimenta”. Mesmo se deixarem você entrar de jeans e tenis, quem vai passar vergonha é você. Todos estão bem arrumados, de paletó (alguns de terno); as mulheres bem vestidas.

O PER SE oferece 3 cardápios: um de 8 pratos e foco mais em vegetais, outro de 8 pratos que mescla peixes e carnes e um de 5 pratos também mesclado de peixes e carnes. O restaurante, também premiado com as famosas 3 estrelas do Guia Michelin (são apenas 6 nos Estados Unidos e dois são desse mesmo Chef !), recebeu as 4 estrelas (maior honraria) do Guia do New York Times. Ele está na lista (é óbvio !) dos 40 melhores restaurantes dos Estados Unidos e foi nomeado o 9º melhor restaurante do mundo. Como se vê, é uma fera.

Fomos acomodados em uma pequena mesa e o serviço começou.

Os detalhes impressionam. A equipe, como disse, muito discreta nem é percebida no salão. Andam com tanta discrição que até parecem estar desfilando. A água servida em garras com design, são deixadas sobre suplas de prata com design também específico. Não se vê bandeja no restaurante. Tudo é feito na mão, mostrando personalização.

Nossa refeição foi simplesmente maravilhosa. Não teve nenhum prato que não merecesse ser classifcado como “inesquecível”. Os sabores surpreendiam com recheios ou guarnições arrumadas à perfeição no prato (há quem diga que são arrumadas com pinça).

Escolhemos o menu de 5 pratos que começou com uma entrada que não constava do cardápio. Era uma pequena carolina recheada de queijo e logo em seguida  um cone de tapenade de alcachofra para mim (que não como nada do mar) e de salmão com creme fresco para a Gisela. O que chamou atenção foi a mistura do doce (na massa do cone) com o salgado da tapenade. Também chamou atenção a forma como esses cones vieram à mesa: era um aparato de prato que o garçon monta na sua frente. A foto mostra a peça. Muito legal.

tapenade


Depois recebemos o 1º prato: para mim um creme de couve flor com trufas e para Gisela sushi com espuma de wassabi.

creme
sushi


Em seguida uma terrine de coelho com molho de trufas. Nós dois comemos esse e estava excelente, muito tenra.

coelho


O próximo prato da Gisela foi um Halibut (peixe) com pérolas de maçã verde e purê de repolho roxo. Para mim agnaloti de mascarponi com molho de semente de mostarda. Esse prato foi surpreendente pois exatamente no meio de cada agnaloti havia alguma coisa com aroma muito marcante que nem eu e nem Gisela conseguimos descobrir.

agnaloti
halibut


Para finalizar os pratos salgados, um cordeiro com vegetais (em especial um tipo de champignon). A carne, por ter sido pré-cozida a baixa temperatura, estava perfeitamente preparada (mal passada) e muito tenra. Simplesmente deliciosa.

cordeiro


De sobremesa uma overdose de chocolate. Mousse de chocolate com bolo de chocolate e baunilha acompanhado de um canudo de chocolate com espuma de amendoim e sorvete de chocolate.

sobremesa


Depois de tudo isso, outra surpresa: em uma apresentação bem interessante como a foto mostra, macarons e trufas de chocolate para esperar o café. Mas ao invé de recebermos o café tradicional, uma xícara com semifredo (sorvete com espuma de leite).


bala

Como se vê, só classificando como inesquecível a experiência gastronômica que tivemos.

O gran finale veio depois quando, a nosso pedido, fomos muito bem recebidos pelo próprio Chef Thomas Keller na cozinha do PER SE. A assistente dele (Estelle) gentilmente nos levou até a cozinha, apresentou o chef que toca a operação do PER SE no dia a dia, mostrou como as equipes trabalham e no apresentou ao Chef Keller. Ele foi ultra simpático e receptivo. Foi o encerramento perfeito da nossa experiência.





Fonte da imagem no topo do post: http://www.blogcdn.com/www.luxist.com/media/2009/05/persenyc.jpg



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