Acabou a Olimpíada de Londres 2012 com uma festa bem bonita,
menos a parte que mostrava o Brasil, na minha opinião, mas esse não é o tema
desse meu texto. Meu tema é o ESPORTE e a participação brasileira na
competição.
Esporte é algo que me interessa e assunto desse blog, por
isso comento.
Essa foi a 21a participação do Brasil em
Olimpíadas e nosso 6o
“melhor resultado”, tendo ficado na 22a posição geral (já chegamos a ser 15o em Antuérpia, 1920). Melhoramos em
relação a Pequim, isso é verdade (fomos 23o naquela época), mas não
vejo isso como uma forte evolução considerando que vamos organizar a próxima
olimpíada “em casa” e normalmente, historicamente, vejo que os países-sede se
preparam desde os jogos anteriores com “promessas” mas bem preparadas.
Em termos de quantidade de medalhas, ficamos com 17, 2 a
mais que Pequim e Atlanta, mas deixamos de melhorar nossa situação (de
colocação geral) com alguns “ouros” perdidos. Também deixamos de melhorar nossa
quantidade de medalhas com algumas performances abaixo do histórico de certos
atletas.
Recentemente comentei no Facebook de um amigo que considero
os Jogos Olímpicos como o maior evento esportivo do mundo, para o qual, os
melhores atletas do mundo se preparam e por isso não deve haver aquela
mentalidade de “já ganhou”. Me irritei com alguns repórteres da TV Record que
“cobravam” atletas por não terem conseguido a medalha e, em alguns casos, os
cobravam por não terem obtido o “ouro”. Isso é absurdo.
Todo mundo que está ali tem chance de ganhar. Temos que
pensar que se classificar para uma Olimpíada é um feito grandioso para qualquer
atleta. Chegar a final então nem se fala. Daí pra frente, já passou do sucesso:
pódium, medalha, ouro; tudo o “supra-sumo” do sucesso. Claro que tudo isso tem
um significado, e deve ser cobrado de maneira, diferente para os atletas profissionais.
Mas tem coisa que eu não admito nesse universo esportivo e
uma delas é “máscara”. Uma coisa é o atleta ser confiante e estar tão bem
preparado para falar com naturalidade sobre a competição, outra, bem diferente,
é “cantar vitória antes da hora”; a chamada “máscara”. Se o sujeito é tão “mascarado” assim,
passa a ter obrigação de ganhar. Recomendo ler matéria da Revista Veja dessa semana (15/agosto) onde esse assunto é abordado de uma maneira bem franca.
O que não pode acontecer numa olimpíada é o atleta “refugar”
ou ter um desempenho pior que nos treinos. O treinamento deve ser planejado
para que o atleta atinja seu máximo potencial na competição e por isso, se ele
perde para alguém melhor que ele, faz parte do jogo. Mas, perder para ele
mesmo ou para fatores psicológicos dele mesmo, isso não pode acontecer. Durante
essa Olimpíada vimos vários casos desses. Algumas das nossas maiores estrelas
não desempenharem o melhor de si por fatores puramente psicológicos. Cair,
queimar salto, não saltar, não fechar “jogo ganho”, não jogar, alegar cansaço por ter disputado outra prova na véspera, etc. Foram
vários exemplos de situações que devem ser melhor preparadas para que não
façamos feio em 2016. Acho que na Olimpíada do Rio, temos sim obrigação de
fazer bonito e “fazer bonito”, não é ganhar tudo, mas sim, “nos superarmos”.
Darmos o melhor e termos as melhores marcas de nossa história. O salto mais
longo que já fizemos, o mais alto, a corrida mais rápida, a prova de natação no tempo mais baixo, etc. Temos que ganhar de
nós mesmos, de nosso melhor histórico e isso será “nossa grande vitória”. Se
fizermos isso e acabarmos com zero medalhas, é porque os outros foram melhores,
mas nós fizemos a nossa parte.
Só não podemos ficar em cima da “máscara” e nos dar mal.
Ao trabalho Brasil, vamos começar a treinar.
P.S.: o título desse post, citius, altius, fortius é a expressão em latim do lema olímpico "mais rápido, mais alto, mais forte".
Fontes: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnvTmIT4bc389mwxxFfkJBya8yEcSkYXJnmC-f8FszISfj3ZDk3Zz25DvIhkUF6Xnx65gspWjXVjLYYcoF_1MdHJC133k-stAtfF18ChytilylZiL6wNOV4uGYSyN8TPV7zcf99gYMl9Y/s1600/olimpiadas_atenas_abertura.jpg,
Comitê Olímpico Brasileiro
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